Ao final da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos estavam com um grande poder econômico e viviam de um modo conhecido como “American way of life”. Com esse grande boom, as ações que estavam em alta foram compradas por muitos americanos iludidos pela perspectiva de enriquecimento fácil.
No entanto, o capitalismo começou a entrar em uma crise causada pela superprodução agrícola e industrial, seguida pela diminuição do consumo no mercado, acarretando a quebra da bolsa de Nova York em 1929.
A bolsa de Nova York alavancava o capitalismo no mundo todo. Sua quebra provocou uma crise generalizada pelo globo, fazendo com que as bolsas de valores de Londres, Berlin e Tóquio também caíssem. Somado a isso, muitos americanos perderam todos os seus bens e riquezas da noite para o dia. Além de tudo, todos os países que exportavam para os Estados Unidos entraram em crise, já que não conseguiam mais vender os produtos. Até a Ásia entrou neste processo devido à queda em suas exportações.
No Brasil a situação não foi diferente. O maior comprador do café brasileiro eram os Estados Unidos. Tendo em vista a superprodução brasileira, o governo resolveu queimar as toneladas de excedente, para não gerar desvalorização do produto, fazendo com que o preço fosse mantido. No entanto, a crise de 29 afetou o Brasil de outras maneiras. Com a crise do café, houve a possibilidade dos agricultores investirem seu capital na manufatura, que acelerou muito a industrialização brasileira.
Essa crise recebeu o nome de Grande Depressão de 1929. Seus efeitos só desapareceram no inicio da Segunda Guerra Mundial. A crise foi o mais longo período de recessão econômica do século, causando altas taxas de desemprego, queda no PIB de diversos países, na produção industrial e nas ações. Assim, o comércio internacional caiu drasticamente.
Outra consequência mundial da crise capitalista foi a ascensão, principalmente na Europa, de regimes autoritários como o comunismo, o fascismo e o nazismo. Um exemplo foi a URSS que não foi afetada pela crise. No Brasil, Getúlio Vargas representa a corrente totalitária.
O filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, faz uma referência às consequências da crise nos Estados Unidos, como o desemprego, a popularização de regimes como o comunismo, os problemas econômicos e o modo de produção em massa, característico do capitalismo, ocorrida na transição da década de 20 para a década de 30.
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