terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Movimentos Estudantis

No final da década de 50 houve um grande aumento no número de novas universidades, o acesso ao ensino ficou mais "facilitado", fazendo com que o ingresso de um maior número de pessoas na faculdade gerasse uma aceleração no processo de modernização.Cerca de 214 mil pessoas estavam estudando nas universidades na época e grande parte delas participaram ativamente no início dos movimentos estudantis.
Os movimentos estudantis sempre foram grandes mobilizantes de estudantes, fazendo assim com que estes participassem ativamente da vida política no país. Estes movimentos ganharam mais força nas décadas de 60 e 70.
Com um crescimento no número de estudantes, e a vontade da participação política, houve a criação de correntes políticas que defendiam ideologias de esquerda marxista. Essas correntes fizeram com que começassem alguns movimentos mostrando a insatisfação dos estudantes sobre os problemas do sistema de ensino superior. Os movimentos estudantis com o passar do tempo começaram a trazer resultados benéficos, ficando cada vez mais fortes e com mais "adeptos".
Em 1964 houve o golpe militar que abalou drasticamente o movimento estudantil. E como as correntes dos movimentos eram esquerdistas, houve uma grande repressão contra as lideranças estudantis, acabando assim com algumas organizações representativas, como o UEEs (Uniões Estaduais dos Estudantes)  e os DCEs (Diretórios Centrais Estudantis).
Na segunda metade da década de 60, o foco dos movimentos estudantis mudou de insatisfação dentro das instituições para a insatisfação com o regime militar, radicalizando assim em 1968, com inúmeras manifestações de rua contra a ditadura. No mesmo ano, ocorreu a “Sexta-Feira Sangrenta”, em que uma passeata em frente a embaixada norte-americana, terminou com 28 mortos, mil presos e 15 viaturas policiais incendiadas.
Em 26 de junho de 1968, no Rio de Janeiro, ocorreu a manifestação popular conhecida como a Passeata dos Cem Mil, que contou com a participação de diversos setores da sociedade brasileira. A passeata começou nas ruas da região da Cinelândia e terminou em frente a assembléia legislativa. Durante a manifestação, o povo teve a frente uma enorme faixa com a frase: “ Abaixo a Ditadura. O Povo no Poder”.
No periodo de 1969 a 1973, o movimento estudantil se  desarticulou  totalmente deixando  inumeros estudantes presos, perseguidos e mortos.
Os movimentos estudantis voltam a ter força quando Ernesto Geisel assume a Presidencia da Republica. Parte de seus projetos, como a imposição da liberalização politica e a redemocratização do país, fazem com que a ditadura perca apoio e o movimento se fortaleça.
Em 1977, o  movimento se expande para a rua, através de passeatas e protestos, ganhando atenção das camadas de estudantes a favor da democracia e retomando seu ápice. As reivindicações de carater educacional não tiveram tanto sucesso quanto as de carater politico. As UEEs e os DCEs são reconstruidos e, em 1979, a UNE (União Nacional dos Estudantes)  é refundada.

Com o fim da ditadura militar os movimentos estudantis perdem força, só retomando-a novamente, quando Fernando Collor de Mello assume a Presidencia, mas dessa vez, por um curto periodo de tempo.

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